No vasto universo da microbiologia, os meios de cultura desempenham um papel fundamental na diferenciação e identificação de micro-organismos. Um dos meios de cultura mais empregados nesse campo é o Ágar TSI, uma ferramenta essencial para os microbiologistas, permitindo a análise e classificação precisa de diversas bactérias, principalmente as entéricas.
O Triple Sugar Iron Ágar ou Ágar TSI é usado para a identificação presuntiva de Enterobacteriaceae com base na fermentação de glicose, lactose, sacarose e na produção de gás e H2S. O Ágar TSI contém três carboidratos (glicose, lactose e sacarose)
O ágar TSI (ferro com açúcar triplo) é um meio diferencial que contém lactose, sacarose, uma pequena quantidade de glicose (dextrose), sulfato ferroso e o indicador de pH vermelho de fenol. É usado para diferenciar os entéricos com base na capacidade de reduzir o enxofre e fermentar os carboidratos.
Tal como acontece com os caldos de fermentação de vermelho de fenol, se um organismo puder fermentar qualquer um dos três açúcares presentes no meio, o meio ficará amarelo.
Se um organismo só pode fermentar dextrose, a pequena quantidade de dextrose no meio é usada pelo organismo nas primeiras dez horas de incubação. Após esse tempo, a reação que produziu o ácido reverte nas áreas aeróbicas da inclinação, e o meio nessas áreas fica vermelho, indicando condições alcalinas. As áreas anaeróbicas da inclinação, não reverterão para um estado alcalino e permanecerão amarelas. Isso acontece com Salmonella e Shigella .
O princípio do Ágar TSI consiste em um dos carboidratos é fermentado, a diminuição do pH fará com que o meio mude de laranja avermelhado (a cor original) para amarelo. Uma cor vermelha escura indica alcalinização das peptonas.
O tiossulfato de sódio no meio é reduzido por algumas bactérias a sulfeto de hidrogênio (H 2S), este último reage com íons férricos no meio para produzir sulfeto de ferro, um precipitado insolúvel preto.
O Ágar TSI (Triple Sugar Iron Agar) possui uma composição química rica e diversificada, projetada para avaliar a capacidade dos microrganismos em fermentar glicose, lactose e sacarose, além de produzir gás e sulfeto de hidrogênio. Os principais componentes do Ágar TSI incluem extrato de carne, extrato de levedura, lactose, sacarose, glicose, sais de ferro e tiossulfato de sódio, ágar e um indicador de pH, fenol vermelho. Cada um desses componentes desempenha uma função específica, seja fornecendo nutrientes, seja atuando como indicador de alterações químicas.
Cada um desses ingredientes desempenha um papel vital na identificação e diferenciação das bactérias cultivadas no Ágar TSI, fornecendo informações cruciais para microbiologistas e profissionais de saúde.
O uso do Ágar TSI vai muito além do laboratório, contribuindo significativamente para a saúde pública. Ao permitir a identificação precisa de bactérias patogênicas, este meio de cultura auxilia no diagnóstico e tratamento de diversas doenças infecciosas. Sua capacidade de fornecer resultados confiáveis e detalhados faz dele um recurso inestimável para microbiologistas em todo o mundo.
Em resumo, o Ágar TSI é uma ferramenta indispensável na microbiologia, sendo fundamental para a identificação e estudo de micro-organismos. Sua composição química única e a diversidade de reações que possibilita são o que tornam esse meio de cultura tão especial e essencial para avanços científicos na área da saúde.
Precisando de meios de cultura para microbiologia não deixe de consultar nossa equipe.
AVISO DE DIREITOS AUTORAIS: Todo o material deste blog, sendo proibida toda e qualquer forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso.
Qualquer dúvida técnica sobre os equipamentos contidos no portfólio SPLABOR, entre em contato com o Departamento de Vendas (sp@splabor.com.br)