Uma fabricante de laticínios, que produz queijos e iogurtes destinados ao mercado internacional, enfrentava dificuldades em manter a qualidade de seus produtos ao serem expostos a condições climáticas extremas. O desafio principal era garantir que os alimentos preservassem suas características, mesmo em regiões com altas variações de temperatura e umidade.
Para resolver esse problema, a empresa decidiu investir em câmaras climáticas. Esses equipamentos permitem simular uma ampla gama de condições ambientais, controlando precisamente temperatura e umidade. Com a tecnologia, foi possível realizar estudos de estabilidade acelerada e prever o comportamento dos produtos durante a estocagem e o transporte.
“A implementação das câmaras climáticas foi um divisor de águas para nós. Conseguimos simular os efeitos do transporte internacional, especialmente para países com climas tropicais ou regiões de inverno rigoroso”, destacou Marcos Silva, gerente de qualidade da fabricante de laticínios.
Com o uso dessas câmaras, a empresa identificou que seus queijos frescos, por exemplo, sofriam degradação quando expostos à alta umidade. Isso levou a melhorias nas embalagens, que agora protegem melhor os produtos em ambientes úmidos. Além disso, pequenas alterações nas formulações dos iogurtes aumentaram sua vida útil em até 30%, sem comprometer a qualidade.
O sucesso dessa iniciativa não se limitou apenas à empresa de laticínios. Renata Carvalho, diretora de uma fábrica de doces que exporta para o Oriente Médio, relata os benefícios que obteve após a adoção das câmaras climáticas em seus estudos de estabilidade. “Antes de adotarmos as câmaras, enfrentávamos muitos problemas de qualidade no transporte dos nossos produtos, especialmente em países com temperaturas muito altas. Desde que começamos a realizar estudos de estabilidade, as devoluções caíram drasticamente. Hoje, nossos produtos chegam com a mesma qualidade que tinham ao sair da fábrica”, afirmou Renata.
Outro exemplo de sucesso é o de Carlos Mendes, gerente de uma padaria industrial que também investiu na tecnologia para expandir suas operações. “Com a câmara climática, conseguimos testar novas receitas e garantir que o pão que vendemos no norte do Brasil terá a mesma qualidade do pão produzido no sul. Isso nos dá mais segurança para expandir o nosso mercado”, explicou Carlos, ressaltando o impacto positivo da tecnologia.
Esses testemunhos refletem como as câmaras climáticas estão revolucionando o controle de qualidade na indústria alimentícia. Empresas que antes lutavam para manter a consistência de seus produtos em diferentes mercados agora contam com uma ferramenta eficaz para identificar potenciais problemas e ajustar seus processos de produção.