Você sabe o que é uma Capela de Exautão? Quais as recomendaçõea mais importantes do IPT?
A capela de exaustão é um equipamento de proteção fundamental no laboratório quando se manipula gases tóxicos e requer cuidados e manutenção na escolha do modelo apropriado. Muitos tipos de gases, como cloro, fosgênio, dióxido de enxofre, sulfato de hidrogênio, dióxido de nitrogênio e amônia, podem ser liberados repentinamente devido a um acidente industrial e irritar gravemente os pulmões. A melhor forma de evitar a exposição é trabalhar com extremo cuidado ao manipular gases e substâncias químicas utilizando uma capela de exaustão.
Qual a função da Capela de Exaustão no laboratório?
A capela de exaustão química de laboratório é o sistema de ventilação de exaustão local mais comum usado em laboratórios e é o principal método usado para controlar a exposição por inalação a substâncias perigosas. Quando usadas corretamente, as capelas de exaustão oferecem um grau significativo de proteção para o usuário. Compreender as limitações, as técnicas de manutenção apropriadas e o design geral da capela de exaustão garantirá sua segurança ao usar materiais perigosos.
O objetivo de uma capela de laboratório é evitar a liberação de substâncias perigosas no espaço geral do laboratório, controlando e depois esgotando produtos químicos perigosos e/ou odoríferos.No caso de um derramamento acidental, a capela de exaustão não conterá os produtos químicos derramados ao chão mas eliminará os gases para longe do usuário e da zona do laboratório.
Principais gases tóxicos do laboratório
Em laboratórios, o manuseio de produtos químicos pode liberar diversos gases tóxicos que representam riscos à saúde e à segurança. Abaixo estão alguns dos principais gases tóxicos encontrados em ambientes laboratoriais e seus efeitos:
1. Monóxido de Carbono (CO)
- Efeitos: O monóxido de carbono interfere na capacidade do sangue de transportar oxigênio, causando envenenamento. Pode levar a tontura, náusea, confusão mental, perda de consciência e, em casos graves, à morte.
- Fontes: Queima incompleta de combustíveis fósseis, como gás natural ou produtos químicos.
2. Dióxido de Enxofre (SO₂)
- Efeitos: Irritação nos olhos, pele e trato respiratório. Exposições prolongadas podem causar dificuldades respiratórias e danos aos pulmões.
- Fontes: Reações químicas envolvendo ácidos sulfúricos ou processos de combustão de combustíveis contendo enxofre.
3. Cloro (Cl₂)
- Efeitos: Altamente irritante para os olhos, nariz e sistema respiratório. A exposição a altas concentrações pode resultar em edema pulmonar e morte.
- Fontes: Usado em síntese química, desinfecção de água e como reagente de laboratório.
4. Amônia (NH₃)
- Efeitos: Irritação nos olhos e vias respiratórias. Exposições elevadas podem causar queimaduras químicas e dificuldades respiratórias graves.
- Fontes: Usada em diversos processos laboratoriais, principalmente em síntese de produtos químicos.
5. Dióxido de Nitrogênio (NO₂)
- Efeitos: Irritação no sistema respiratório, podendo causar danos pulmonares graves com exposição prolongada. Pode levar a inflamação pulmonar e formação de edema.
- Fontes: Subproduto de reações químicas envolvendo ácidos nítricos e combustão de combustíveis fósseis.
6. Formaldeído (CH₂O)
- Efeitos: Irritação nos olhos, garganta e pele. Em longas exposições, pode causar sensibilização respiratória, como asma, e está associado ao risco de câncer.
- Fontes: Usado como fixador em laboratórios de histologia e biologia.
7. Ácido Sulfídrico (H₂S)
- Efeitos: O cheiro característico de ovo podre é perceptível a baixas concentrações. Exposições maiores podem causar perda de consciência e morte, já que afeta o sistema nervoso e respiratório.
- Fontes: Pode ser liberado de processos envolvendo compostos de enxofre.
8. Fosgênio (COCl₂)
- Efeitos: Gás altamente tóxico que ataca os pulmões, podendo causar edema pulmonar. Mesmo exposições a baixas concentrações podem ser fatais horas após o contato.
- Fontes: Subproduto de processos de cloração ou aquecimento de compostos clorados.
9. Benzina e Outros Compostos Orgânicos Voláteis (COVs)
- Efeitos: Podem causar dor de cabeça, tontura, náusea e problemas respiratórios. A exposição crônica está associada a danos hepáticos e renais, além de ser carcinogênica.
- Fontes: Usados em solventes e reagentes químicos.
Medidas de Segurança:
- Ventilação Adequada: Utilização de capelas de exaustão e sistemas de ventilação para evitar a inalação de gases.
- Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Uso de máscaras respiratórias, luvas e óculos de proteção.
- Monitoramento do Ambiente: Uso de detectores de gás e sensores para alertar sobre a presença de gases tóxicos.
Com essas precauções, é possível minimizar os riscos de exposição aos gases tóxicos em ambientes laboratoriais.
Recomendações do IPT para o uso da Capela de Exaustão
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) é uma instituição de pesquisa e desenvolvimento do Brasil que atua em diversas áreas tecnológicas, incluindo engenharia, meio ambiente e química. Fundado em 1899, o IPT oferece suporte técnico, desenvolvimento de soluções tecnológicas e normas de segurança para indústrias e laboratórios.
- Mantenha a capela de exaustão limpa e organizada
- Não deixe objetos grandes na frente da capela química, obstruindo entrada de ar;
- Não use a capela de exaustão de gases para guardar reagentes e outros itens permanentemente;
- Quando não estiver em uso, mantenha a capela de exaustão fechada
- Ligue a capela para laboratório alguns minutos antes de iniciar o trabalho;
- Faça todo trabalho que possa gerar gases ou vapores perigosos dentro da capela de gases;
- Trabalhe com o vidro frontal fechado ou com abertura conforme recomendação do fabricante;
- Procure posicionar as fontes de vapores e gases mais ao fundo da capela de exaustão;
- Mantenha-se a mais de 15 ou 20 cm da face da capela, quando em uso
- Nunca coloque a cabeça dentro de uma capela de exaustão em operação;
- Se precisar manipular algo dentro da capela de exaustão de gases, use EPI adequado, óculos, luvas, máscaras, etc. e respeite os limites de abertura da capela;
- Mantenha a capela de laboratório ligada alguns minutos após finalizar o trabalho;
NÃO se incline para a capela de exaustão. Não é seguro para os usuários de laboratório inserir o corpo ou a cabeça dentro da capela de exaustão, além da faixa frontal. Inclinar-se dentro do capela para laboratório posiciona os contaminantes na zona de respiração do usuário e interrompe o fluxo de ar.
Isso também aumenta o risco de derramamentos de produtos químicos e acidentes. Estenda apenas as mãos e os braços devidamente protegidos para dentro do capela de exaustão e mantenha a altura da porta o mais baixo possível, ou mesmo completamente fechado, sempre certificando-se de que o caixilho da porta esteja entre você e seu trabalho.
NÃO use uma Capela de Exaustão
- Substâncias Altamente Perigosas – Considere um porta-luvas.
- Pintura em spray – Use uma cabine de pintura equipada com recursos de filtragem
- Microrganismos/Agentes Biológicos – Use uma cabine de biossegurança.
- Descarte de Resíduos por Evaporação – Esta é uma violação dos regulamentos ambientais. Um capuz não é controle de poluição.
Conclusão
Concluindo, as capelas de exaustão são equipamentos essenciais em laboratórios para garantir a segurança dos profissionais ao manipular produtos químicos perigosos. Seguir as recomendações do IPT, como a correta instalação, manutenção regular, uso adequado de barreiras de proteção e testes frequentes de funcionamento, é fundamental para assegurar que o sistema opere com eficiência, minimizando riscos à saúde. Além disso, o uso de EPIs complementa as boas práticas, criando um ambiente seguro para as atividades laboratoriais.
Precisando de orientações para a compra de capela de Exaustão consulte nossa equipe.
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1 Comentário
CUVILA TOMÁS 23 de agosto de 2019 - 7:03
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Cuvila.