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Segurança no Laboratório para Enfrentamento ao COVID-19: Equipamentos e Diretrizes Essenciais

 

A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a importância da segurança nos laboratórios. Para garantir um ambiente seguro e eficaz, é crucial entender e utilizar os equipamentos adequados, além de seguir as diretrizes de organizações renomadas como o CDC (Centers for Disease Control and Prevention).

Equipamentos Essenciais para Laboratórios Durante a Pandemia

  1. Capelas de Fluxo Laminar: Essenciais para manipulação segura de amostras, estas capelas protegem o operador e o material contra contaminação. A utilização de barreiras contra exposição UV é fundamental para garantir a segurança.

  2. Lâmpadas Germicidas UV: Utilizadas para esterilização de superfícies, estas lâmpadas eliminam agentes patogênicos eficazmente. É importante que as capelas tenham dispositivos audiovisuais de segurança para prevenir exposição excessiva.

  3. EPI (Equipamentos de Proteção Individual): Máscaras, luvas, aventais e protetores faciais são indispensáveis para proteger os trabalhadores de laboratório contra a infecção pelo vírus.

  4. Autoclaves: Utilizadas para esterilizar materiais de laboratório através de calor e pressão, eliminando vírus e bactérias.

  5. Sistemas de Filtragem HEPA: Essenciais em capelas de segurança biológica, estes filtros capturam partículas virais presentes no ar, evitando a contaminação do ambiente.

O que é o CDC?

 

O CDC (Centers for Disease Control and Prevention) é uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Sua missão é proteger a saúde pública através da prevenção e controle de doenças, ferimentos e deficiências. Durante a pandemia de COVID-19, o CDC tem fornecido diretrizes cruciais para a segurança em laboratórios, que incluem:

  • Uso de EPIs: Orientações detalhadas sobre o tipo de EPI necessário para diferentes níveis de risco.
  • Protocolos de Desinfecção: Procedimentos para limpeza e desinfecção de superfícies e equipamentos de laboratório.
  • Manejo de Amostras: Instruções para coleta, transporte e processamento seguro de amostras potencialmente infectadas.

Para mais informações, acesse o site oficial do CDC: CDC – Centers for Disease Control and Prevention.

 

Diretrizes de Segurança no Laboratório

  1. Treinamento e Capacitação: Todos os funcionários devem ser treinados nas práticas de segurança e no uso adequado de EPIs.
  2. Descontaminação Regular: Superfícies e equipamentos devem ser descontaminados regularmente com soluções eficazes contra o SARS-CoV-2.
  3. Ventilação Adequada: Garantir que os laboratórios tenham sistemas de ventilação eficazes para reduzir a concentração de partículas virais no ar.
  4. Monitoramento Contínuo: Implementar sistemas de monitoramento para garantir que todas as medidas de segurança estão sendo seguidas adequadamente.

Seguir essas diretrizes e utilizar os equipamentos corretos são passos fundamentais para garantir a segurança no laboratório durante a pandemia de COVID-19. Manter-se informado e atualizado com as orientações do CDC ajudará a proteger os profissionais de laboratório e a comunidade em geral.

Todos os laboratórios devem realizar uma avaliação de risco específica do local e da atividade para identificar e mitigar os riscos. A avaliação de riscos e as medidas de mitigação dependem de:

1)Os procedimentos realizados;
2)Identificação dos perigos envolvidos no processo e / ou procedimentos;
3)O nível de competência do pessoal que executa os procedimentos;
4)Equipamentos para laboratório e instalações;
5)Os recursos disponíveis;

 

Teste Viral de Rotina

 


Testes virais de rotina de amostras, como as seguintes atividades, podem ser manipulados em um laboratório dotado de Cabine de Segurança Biológica classe II B2 usando as Precauções Padrão:

  • Usando instrumentos e analisadores automatizados;
  • Processando amostras iniciais;
  • Coloração e análise microscópica de esfregaços fixos;
  • Exame de culturas bacterianas;
  • Exame patológico e processamento de tecidos fixados em formalina ou inativados;
  • Análise molecular de preparações de ácido nucleico extraídas;
  • Embalagem final das amostras para transporte aos laboratórios de diagnóstico para testes adicionais (as amostras já devem estar em um recipiente primário selado e descontaminado);
  • Usando amostras inativadas, como amostras em tampão de extração de ácido nucleico;
  • Realização de estudos microscópicos eletrônicos com grades fixadas em glutaraldeido;

Siga as precauções padrão ao manusear amostras clínicas, as quais podem conter materiais potencialmente infecciosos. As precauções padrão incluem a higiene das mãos e o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como jalecos ou aventais de laboratório, luvas e proteção para os olhos.

 

 

 

Procedimentos com alta probabilidade de gerar gotas ou aerossóis

 

Em laboratórios, especialmente durante a pandemia de COVID-19, é crucial identificar e gerenciar procedimentos que possam gerar gotas ou aerossóis, pois estes representam um risco significativo de transmissão de patógenos. A seguir, listamos alguns dos procedimentos mais comuns com alta probabilidade de gerar aerossóis e as medidas de segurança recomendadas.

Procedimentos Comuns que Geram Aerossóis

  1. Centrifugação:

    • Risco: A abertura de tubos após a centrifugação pode liberar aerossóis.
    • Medidas de Segurança: Utilizar tampas seladas e abrir tubos dentro de capelas de segurança biológica.
  2. Sonicação:

    • Risco: A quebra de células ou tecidos por ultrassom pode liberar partículas no ar.
    • Medidas de Segurança: Realizar o procedimento em capelas de segurança biológica e usar tampas apropriadas para evitar a dispersão.
  3. Pipetagem Vigorosa:

    • Risco: Transferir líquidos de forma rápida pode criar pequenas gotas que podem se transformar em aerossóis.
    • Medidas de Segurança: Pipetar devagar e usar pontas de pipeta com filtros.
  4. Homogeneização:

    • Risco: A quebra mecânica de amostras biológicas pode gerar aerossóis.
    • Medidas de Segurança: Utilizar dispositivos fechados e capelas de segurança biológica para realizar o procedimento.
  5. Manipulação de Animais:

    • Risco: Procedimentos como a dissecção ou a coleta de amostras biológicas podem gerar aerossóis.
    • Medidas de Segurança: Realizar procedimentos em áreas bem ventiladas ou dentro de capelas de segurança biológica e usar EPIs adequados.
  6. Mistura ou Agitação de Culturas:

    • Risco: A agitação vigorosa de culturas líquidas pode produzir aerossóis.
    • Medidas de Segurança: Usar frascos fechados e realizar a mistura dentro de capelas de segurança biológica.
  7. Autópsias e Procedimentos Patológicos:

    • Risco: A manipulação de tecidos infectados pode liberar aerossóis.
    • Medidas de Segurança: Realizar em salas com pressão negativa e capelas de segurança biológica, além do uso rigoroso de EPIs.

Medidas Gerais de Segurança para Redução de Aerossóis

  • Capelas de Segurança Biológica: Utilizar capelas adequadas para manipular materiais com risco biológico.
  • Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Usar máscaras N95, luvas, aventais e protetores faciais.
  • Descontaminação: Limpar e desinfectar superfícies e equipamentos regularmente.
  • Treinamento Adequado: Garantir que todos os profissionais estejam treinados nas práticas de segurança.


Para procedimentos com alta probabilidade de gerar aerossóis ou gotas, use uma Cabine de Segurança Biológica Classe II B2 e precauções adicionais para fornecer uma barreira entre a amostra e o pessoal. Exemplos dessas precauções adicionais incluem equipamento de proteção individual (EPI), como máscara cirúrgica ou máscara facial.

Teste de amostras ambientais

 

Os procedimentos que concentram vírus, como precipitação ou filtração por membrana, podem ser realizados em um laboratório com classe 2, dotada de uma capela de fluxo de laminar unidirecional e precauções classe 3, incluindo proteção respiratória e uma área designada para colocar e retirar EPI. O espaço de colocação e retirada não deve estar no espaço de trabalho. O trabalho deve ser realizado em uma Cabine de Segurança Biológica.

Esta orientação destina-se apenas aos laboratórios que realizam procedimentos de concentração de vírus, como testes de vigilância de águas residuais / esgoto, e não a laboratórios de saúde pública ou de diagnóstico clínico que lidam com amostras clínicas da COVID-19 ou laboratórios que realizam cultura e isolamento de SARS-CoV-2

A cabine de segurança biológica é o principal equipamento de contenção no laboratório de microbiologia para proteger tanto os funcionários quanto o material  (evitando contaminações) e o meio ambiente. Dependendo das características de construção e aplicações específicas, as cabines são classificadas em três tipos (classes I, II e III).

A Cabine de Segurança Biológica deve ter como acessório uma lâmpada ultravioleta (UV). Chamamos de UV a região do espectro eletromagnético onde o comprimento de onda dos raios luminosos situa-se entre 400 nm e 15 nm. A radiação UV divide-se em três categorias, UV-A, UV-B e UV-C, de acordo com o comprimento de onda: 400-320 nm (UV-A),320-280 nm (UV-B) e 280-15 nm (UV-C). A radiação UV-C com comprimento de onda de 254 nm é a que possui a maior atividade germicida, letal para bactérias, esporos, vírus, fungos, algas, embora as doses inativantes sejam variáveis.

 

Segundo normas de biossegurança, após utilização da Cabine de Segurança para laboratório  a superfície desta deve ser descontaminada com UV. No presente trabalho destacamos a importância da limpeza com um agente químico antes da descontaminação com luz UV. Várias soluções descontaminantes têm sido citadas, mas a efetividade depende da concentração, do agente infeccioso a ser eliminado e do tempo de ação. São citados os compostos orgânicos (fenóis e derivados, hexaclorofeno, álcoois, compostos quaternários), halogênios (iodo, cloro) e peróxidos. Para o trabalho com micobactérias, o manual do Ministério da Saúde recomenda o uso de solução de fenol a 5% e solução de álcool a 70%. A Cabine de segurança biológica classe ii b2 é projetada comum fluxo de ar interior com velocidade para proteger os usuários; um fluxo de ar laminar vertical para proteger o produto; e um fluxo de ar de saída, de exaustão com um sistema de filtração, para proteger o meio ambiente.

Avaliações de risco de biossegurança específicas do local e da atividade devem ser realizadas para determinar se precauções adicionais de biossegurança são garantidas com base nas necessidades situacionais, como altos volumes de testes ou grandes volumes, e a probabilidade de gerar gotículas e aerossóis infecciosos

 

Conclusão

 

A pandemia de COVID-19 ressaltou a importância crucial de manter a segurança nos laboratórios. Equipamentos adequados desempenham um papel vital na proteção dos profissionais e na contenção do vírus. Capelas de fluxo laminar, lâmpadas germicidas UV, autoclaves, sistemas de filtragem HEPA e EPIs são essenciais para criar um ambiente seguro e eficiente.

Além do uso correto desses equipamentos, seguir as diretrizes estabelecidas por organizações renomadas como o CDC é fundamental. O CDC fornece orientações detalhadas sobre o uso de EPIs, protocolos de desinfecção e manejo seguro de amostras, ajudando a mitigar os riscos associados a procedimentos que podem gerar aerossóis.

Implementar medidas de segurança rigorosas e garantir que todos os funcionários sejam devidamente treinados são passos críticos para prevenir a propagação do COVID-19 e outras doenças infecciosas em ambientes laboratoriais. Ao aderir a essas práticas, podemos proteger os profissionais de laboratório e contribuir significativamente para a saúde pública durante a pandemia e além. Solicite seu orçamento em equipamentos para laboratório para o enfrentamento da COVID-19.

 

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Fonte:

https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-nCoV/lab/lab-biosafety-guidelines.html#guidance

https://www.scielo.br/pdf/jbpml/v44n4/a05v44n4.pdf