Vamos falar em Cabines de Segurança Biológica Certificadas?
As Cabines de Segurança Biológica Certificadas (CSBs) são equipamentos laboratoriais essenciais, especialmente em ambientes que lidam com amostras biológicas potencialmente perigosas, como laboratórios de microbiologia, virologia e pesquisa biomédica. Esses dispositivos garantem a proteção do operador, do ambiente e do produto manipulado, minimizando o risco de contaminação.
O que são as Cabines de Segurança Biológica?
As CSBs são estruturas fechadas que utilizam sistemas de filtragem de ar (geralmente filtros HEPA) para criar um ambiente controlado. Elas são projetadas para proteger o operador e as amostras de contaminações cruzadas. Existem três classes principais de cabines, cada uma com um nível específico de proteção:
- Classe I: Protege o operador e o ambiente, mas não protege as amostras de contaminação externa.
- Classe II: Oferece proteção tanto para o operador quanto para as amostras, sendo amplamente utilizada em laboratórios que manipulam agentes biológicos de risco.
- Classe III: Oferece o mais alto nível de proteção e é usada para trabalhos com patógenos extremamente perigosos.
Importância da Certificação
A certificação das Cabines de Segurança Biológica é um requisito fundamental para garantir que o equipamento está funcionando corretamente, com a eficiência necessária para proteger o ambiente de trabalho. A certificação envolve testes rigorosos, como verificação da integridade dos filtros HEPA, do fluxo de ar e da contenção de partículas, além de garantir que a cabine atenda às normas internacionais, como a NSF/ANSI 49 ou a EN 12469.
A certificação da Cabine de Segurança Biológica inclui os seguintes ensaios realizados:
A certificação das Cabines de Segurança Biológica (CSBs) envolve uma série de ensaios que garantem o correto funcionamento e a segurança do equipamento. Aqui estão os principais ensaios realizados e como eles são conduzidos:
1. Teste de Integridade dos Filtros HEPA
- Objetivo: Verificar se os filtros HEPA estão funcionando adequadamente, sem vazamentos.
- Como é feito: Um aerossol de teste (como DOP ou PAO) é introduzido no sistema, e sensores medem a eficiência de filtração. O objetivo é garantir que o filtro retenha pelo menos 99,97% das partículas de 0,3 mícron.
2. Teste de Fluxo de Ar
- Objetivo: Garantir que o fluxo de ar dentro da cabine está dentro dos parâmetros adequados para proteção do operador, do ambiente e do produto.
- Como é feito: Medidores de anemômetro verificam a velocidade do ar no ponto de entrada (na área frontal da cabine) e dentro da cabine para confirmar que o fluxo é laminar e uniforme, protegendo o operador e o ambiente de contaminações.
3. Teste de Contenção de Partículas
- Objetivo: Verificar se a cabine contém adequadamente os agentes biológicos ou partículas no interior.
- Como é feito: Um aerossol de teste é liberado dentro da cabine, e sensores ao redor da cabine verificam se há escape de partículas, o que poderia colocar em risco o operador e o ambiente.
4. Teste de Estanqueidade (Fumaça)
- Objetivo: Detectar qualquer vazamento de ar na estrutura da cabine.
- Como é feito: A cabine é selada, e uma substância geradora de fumaça é utilizada para identificar qualquer fuga ao longo das bordas, costuras ou pontos de entrada de cabos e mangueiras.
5. Teste de Ruído
- Objetivo: Garantir que o nível de ruído da cabine esteja dentro dos limites de segurança ocupacional.
- Como é feito: Medições de decibéis são feitas ao redor da cabine durante o funcionamento para garantir que o ruído não ultrapasse os níveis aceitáveis para um ambiente de trabalho seguro.
6. Teste de Iluminação
- Objetivo: Verificar se a iluminação interna da cabine é adequada para o trabalho laboratorial.
- Como é feito: Medidores de luz (luxímetros) são usados para medir a intensidade da luz na superfície de trabalho, garantindo que ela esteja de acordo com os padrões estabelecidos.
7. Teste de Alarme de Segurança
- Objetivo: Certificar que os alarmes visuais e sonoros funcionam corretamente quando há falha no sistema de fluxo de ar ou abertura excessiva da barreira frontal.
- Como é feito: A barreira frontal é elevada além do limite seguro (normalmente acima de 200 mm), e os sistemas de alarme são testados para confirmar que estão funcionando adequadamente.
Esses ensaios são essenciais para garantir que a Cabine de Segurança Biológica mantenha seu nível de proteção e atenda aos requisitos de biossegurança.
As Cabines de Segurança marca Splabor podem ser certificadas
Conclusão
Em resumo, a certificação das Cabines de Segurança Biológica é um processo rigoroso e indispensável para garantir a segurança do operador, do ambiente e das amostras manipuladas. Os ensaios realizados, como a verificação da integridade dos filtros HEPA, o teste de fluxo de ar, a contenção de partículas e outros, asseguram que a cabine esteja operando dentro dos padrões de biossegurança exigidos. Manter a certificação em dia, através de inspeções regulares e ensaios completos, é fundamental para o funcionamento seguro e eficaz do laboratório, garantindo um ambiente de trabalho protegido e confiável.
A certificação de cabine de segurança biológica deve ser realizada por empresas qualificadas, pois possuem todos os equipamentos necessários e trabalham, dentro das normativas brasileiras existentes.
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